terça-feira, 8 de março de 2011

A ideia oca de Chávez

Pela estrita lógica dos números, a alta nas cotações do petróleo provocada pela eclosão dos levantes populares no mundo árabe e acelerada pela incerteza sobre o destino das reservas líbias - embora seja modesta a participação do feudo do coronel Muamar Kadafi no mercado global do produto - deveria ser um maná para o seu único verdadeiro amigo, discípulo e imitador no subcontinente americano, o caudilho venezuelano Hugo Chávez. Sem prejuízo do culto ao reverenciado mentor Fidel Castro, a sua messiânica revolução bolivariana para o implante e a propagação do socialismo do século 21 no mundo se inspirou no Livro Verde, a bíblia revolucionária do coronel autocrata de Trípoli. Era a sua leitura de cabeceira na escola militar venezuelana, antes de se fazer promover a coronel, assumir o governo e amordaçar a liberdade em seu país.

Chávez, cujo talento para o histrionismo é inversamente proporcional ao seu preparo para os negócios de Estado, além de adotar políticas populistas sem lastro, promoveu dilapidação de tal ordem nos recursos nacionais que já se prevê que a Venezuela não terá como honrar os seus compromissos a vencer em 2012. Uma crise da dívida soberana do país reproduziria no Novo Mundo a quebra da Grécia, em 2009, com a agravante de levar à insolvência a quase única fonte de sustento do país, a pilhada PDVSA, a estatal venezuelana do petróleo. Portanto, se fosse um ser racional, Chávez deveria ter recebido com alegria a disparada das cotações do óleo cru nos maiores mercados.

No entanto, movido pela compulsão do protagonismo, o caudilho deve ter achado muito pouco para a sua megalomania conseguir a duvidosa distinção de aparecer na mídia internacional como o defensor número um de Kadafi. O número dois tem sido Fidel Castro, mas ninguém ainda se interessa pelos tartamudeios que garatuja sobre o futuro da humanidade. Enquanto o venezuelano se limitava a louvar o líbio, a vida continuava como se nada tivesse mudado. Mas agora ele dá de propor a criação de uma comissão internacional para a pacificação da Líbia, a Liga Árabe faz saber que examina a iniciativa e o próprio Kadafi indica que poderia comprar a proposta.
 Previsível como o dia que se segue à noite, o preço do barril do cru caiu US$ 3 em um só movimento. Fez sentido. Sinais de disposição do ditador de aceitar alguma forma de mediação estrangeira no conflito líbio - que praticamente já transformou em guerra civil - foram interpretados como garantia de que, no depender de Trípoli, o produto continuará a ser exportado. Na Europa, por exemplo, vem da Líbia 36% do óleo importado pela Itália. A aparente anuência do autocrata indicaria também que, apesar de sua retórica inflamatória, ele veria de bom grado um (improvável) arranjo pelo qual sobreviveria como uma espécie de Rainha da Inglaterra - a quem se comparou dias atrás - de um governo de transição para a democracia. Para Chávez, sobraria a presumível paternidade da corretagem da paz, ao custo dos "lucros cessantes", com volta das cotações do petróleo ao patamar anterior aos tornados libertários no Oriente Médio.


Mas é tudo um jogo de sombras. Se Kadafi pai teria incentivado a ideia da mediação, Kadafi filho, Saif al-Islam (tido antes como o mais forte na disputa com os irmãos pelo cetro paterno), jogou areia no plano chavista. "Os venezuelanos são nossos amigos, mas estão muito longe e não têm ideia da Líbia", argumentou com franqueza. "A Líbia está no Oriente Médio e Norte da África. A Venezuela, na América Central." Decerto não é só de geografia que se trata. Al-Islam, o mais ocidentalizado da prole do coronel, sabe que a Venezuela não tem a menor credencial para cacifar uma operação dessa ordem - da qual os rebeldes nem querem ouvir falar.

Lançando uma nova cartada, Chávez fez saber de suas simpatias pelo ex-presidente Lula para liderar a ainda embrionária comissão. Se a sua vaidade já não tiver secado as suas reservas de bom senso, ele só precisará de duas palavras para responder à sondagem: "Não, obrigado". Se quiser ser mais prolixo poderá acrescentar: "A única entidade legítima para se ocupar da Líbia é a Organização das Nações Unidas" - que, ao que parece, é o que pensa sua sucessora Dilma Rousseff.

Artigo, http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110308/not_imp689107,0.php 

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Maradona diz que vai até a morte com Chávez após crise com a Colômbia !

Chávez anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, que pediu a uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para apurar se a Venezuela abriga terroristas. Tropas venezuelanas estão em alerta na fronteira.

Maradona estava ao lado de Chávez na hora do anúncio do rompimento. Na opinião do argentino, "o povo colombiano não tem culpa" da crise diplomática entre os dois países.

Estará os USA a criar problemas a Chavez ? Porque Lula não consegue solucionar este conflito?

A Colômbia é o maior aliado dos EUA na América do Sul e Uribe não vê com bons olhos a reconciliação com Chávez, extremamente hostil ao "império ianque", como ele se refere aos EUA. 

O presidente eleito da Colômbia foi ministro da Defesa de Uribe, responsável pela política de linha dura contra a guerrilha e pelo ataque colombiano ao acampamento das Farc no Equador, que matou um líder guerrilheiro e levou Quito, aliado de Chávez, a romper com Bogotá. 

O conflito entre Bogotá e Caracas demonstra, por outro lado, o esgotamento da diplomacia compañera, de cunho ideológico, do governo Lula. 

Brasil, o país, que se arvora a mediar, sem sucesso, conflitos fora de sua área geopolítica, perdeu credibilidade para atuar nas disputas entre os vizinhos sul-americanos.

Tudo devido às demonstrações de simpatia de Brasília em relação ao chavismo. 

Pentágono o principal suspeito de ter entregue os documentos sobre a guerra do Afeganistão ao site WikiLeaks é um militar que se encontra detido !

Wikileaks, o site de denúncia que atraiu a ira da Casa Branca, liberando 90 mil documentos militares sobre a guerra no Afeganistão.




O conteúdo ofensivo e divertidos bêbados contidos nas fitas têm atraído a ira não só a Casa Branca, mas de todos os governos da Terra ressalva de que os do venezuelano Hugo Chávez, que, um babaca mesmo, encontrou as fitas, de acordo com um comunicado oficial, "deliciosamente divertido. "

Hugo Chávez, participará da cúpula do Mercosul !

Chávez comparecerá à reunião com a Venezuela em processo de incorporação ao Mercosul e em meio ao conflito diplomático com a Colômbia.

O presidente venezuelano deve chegar na noite de segunda-feira à cidade de San Juan, capital da província argentina homônima, onde se espera que compareça ao jantar oferecido pela presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.
Os chanceleres dos países do Mercosul se reunirão na próxima segunda-feira em San Juan, a 1.200 quilômetros de Buenos Aires.

domingo, 18 de julho de 2010

Venezuela-China joint venture criada para desenvolver a agricultura !

Venezuela e China concordaram em estabelecer uma joint venture que é responsável pelo desenvolvimento de projectos agrícolas.

A companhia petrolífera estatal venezuelana e Grãos estado Xinliang China e Óleos Heilongjiang assinaram o acordo, o que deixa PDVSA 70 por cento dos accionistas da nova empresa e os restantes 30 por cento da Ásia.

   
Esta nova empresa vai ajudar "a reforçar a segurança alimentar e a soberania" da Venezuela.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Chavez diz que "Papa não é embaixador de Cristo na Terra"

Chávez afirmou que os bispos estão aliados à oposição conservadora a seu governo e prometeu "arrasá-los" nas eleições legislativas de 26 de setembro.
"Que coisa é essa? Embaixador de Cristo? Cristo não precisa de embaixador. Cristo está no povo e nos que lutam por justiça e pela libertação dos humildes."

"Desçam de suas nuvens, trogloditas", declarou Chávez, ao acusar os bispos de tentarem assumir "um papel de Estado que não corresponde a eles"
 
 
Segundo o cardeal Jorge Urosa Savino, líder católico venezuelano, o modelo socialista buscado por Chávez "atenta contra os direitos humanos, civis e políticos dos cidadãos".
 
Uma série de atritos entre Caracas e a Santa Sé, Chávez defendeu que seja revisto um acordo por meio do qual a Igreja Católica tem prioridade diante das demais igrejas que atuam na Venezuela.